Casa da Cultura de Fafe: Município investe na reconversão e valorização de um dos mais emblemáticos edifícios de Fafe e procura instalar instituições do ecossistema de inovação da UMinho

O PIEP (Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros ) e o CCG/ZGDV (Centro de Computação Gráfica) são dois dos sete centros de tecnologia e inovação que integram a UMinho Innovation Alliance que poderão ocupar parte do edifício para desenvolvimento de várias ações , desde capacitação de quadros técnicos à transferência do conhecimento científico para o tecido empresarial. As duas entidades mantêm ativo um protocolo de colaboração com o Município de Fafe que vai nesse sentido.

A par destes centros, também a TecMinho – Associação Universidade-Empresa, em cujos órgãos sociais o Município de Fafe está representado, está no horizonte deste impulso de atração e interação com a Universidade do Minho por parte da autarquia.

No âmbito da sua estratégia de valorização do património e de promoção da sustentabilidade, o Município de Fafe aprovou, por unanimidade, o projeto de execução das obras de reconversão da Casa da Cultura, numa reunião de Câmara recente. Esta intervenção visa a requalificação global do edifício, assegurando a sua adaptação funcional, a melhoria do desempenho energético e a garantia de acessibilidade universal, permitindo uma utilização mais versátil e contemporânea, sem comprometer o seu valor patrimonial.

O projeto segue uma abordagem minimalista e respeitadora da pré-existência, procurando “alterar o menos possível a estrutura do edifício”, conforme sublinhado pelo presidente da Câmara Municipal, Antero Barbosa, assegurando a preservação das características arquitetónicas e históricas que lhe conferem identidade.

A intervenção, no âmbito de um projeto da eficiência energética (candidatura ao NORTE2030), envolve, para este aspeto técnico, um investimento de cerca de 1.5 milhões de euros.

Com este projeto, a Casa da Cultura de Fafe reforça-se como símbolo de continuidade entre passado, presente e futuro, conciliando a preservação do património histórico com as exigências contemporâneas de sustentabilidade, acessibilidade e dinamização cultural, afirmando-se como um espaço central da vida cultural e cívica do concelho.


Património histórico, identidade cultural e futuro sustentável


A Casa da Cultura de Fafe, instalada no emblemático palacete conhecido como Casa do Santo Novo, é um dos edifícios mais marcantes do património arquitetónico e cultural da cidade e não perderá a sua natureza de relação com a cultura. A obra vai contemplar a recuperação de espaços para galeria expositiva e salas polivalentes que corresponderão às novas necessidades de consumos de cultura.

Construída na segunda metade do século XIX (entre 1859 e 1869), a casa senhorial integra o conjunto das chamadas “Casas dos Brasileiros de Torna Viagem”, erguidas com capitais provenientes da emigração e que marcaram profundamente a paisagem urbana fafense e o próprio perfil de Fafe.

Inicialmente designada por Casa do Santo Velho e, posteriormente, Casa do Santo Novo, o edifício apresenta traços neoclássicos, impondo-se pela sua escala, robustez construtiva e elegância formal. Composto por três pisos e um amplo pátio interior, destaca-se pela horizontalidade das linhas, pelo elevado número de janelas e portas e pela fachada em pedra revestida a azulejos de tons azuis, com cantarias nas esquinas, soleiras e ombreiras.

Em 1958, o edifício foi adquirido pela Câmara Municipal de Fafe, passando a assumir uma forte função pública e educativa. Ao longo de várias décadas, ali funcionaram a Escola Industrial e Comercial, o Externato Municipal de Fafe e, mais tarde, a Escola Secundária, até que, em 1984, o imóvel foi reconvertido e inaugurado como Casa Municipal da Cultura, assumindo definitivamente um papel central na vida cultural do concelho.

Atualmente, a Casa da Cultura integra o Museu das Migrações e das Comunidades e o Museu da Imprensa, espaços de memória, conhecimento e identidade coletiva que serão transferidos para outros edifícios históricos de Fafe, concedendo-se uma nova narrativa e nova coerência ao património histórico e arquitetónico, mantendo a vitalidade do usufruto pelos cidadãos, empresas e estabelecimentos de ensino.

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